*Por acaso, não tenho nenhum Manel, mas, também, ninguém precisa de saber, não é verdade?
Saudações, caros companheiros da nossa blogosfera (que, por estes lados, não tem estado lá muito activa, confessemos.) Hoje, cá estou eu, tentando animar este pequeno recanto cibernético.
Esta inesperada expressão que vos apresentei como título deste post surgiu no meu inóspito cérebro devido a um conjunto de factores que não vale a pena revelar. Também não tem nada a ver com o assunto que me trouxe aqui (ou que eu trouxe aqui). Porém, achei que era uma forma diferente de iniciar mais um raciocínio estúpido que eu tenho estado a tentar desenvolver. Como a sensatez nem sempre abunda por estes lados (nota: reler nome do blog em caso de necessidade), considero que a ideia não foi má de todo.
Pois bem, meus caros amigos. Hoje vou falar de bebés. É. Não, não estou grávida; não, não vou ter um irmão; não, não vou pedir um bebé ao Pai Natal. Não, nem uma chupeta. Vou falar de bebés porque sim, e porque a minha casa tem sido o palco de uma pequena aventureira que começou há pouco a descobrir todos os detalhes deste mundo em que vivemos. Alguns dolorosos. Por exemplo, ao bater propositada e repetidamente com a cabeça na parte final da cama, em madeira, descobriu que se podia magoar e começou uma choradeira que só consegui calar com meia dúzia de brinquedos e um "és mesmo morcona! Pronto, pronto, já passou. Anda cá, pipoquinha."
É que os bebés são dos seres mais misteriosos que eu alguma vez conheci. São mesmo. Confesso que as memórias desse tempo em que eu era um deles não estão propriamente presentes na minha cabeça.
Um dia, em conversa com a Quel, essa fonte de pensamentos e raciocínios filosóficos (e acertados! Só para o caso de ela me querer bater. xD), dizia-me ela que eles podem pensar qualquer coisa acerca de nós sem que nós sequer suspeitemos. E é verdade! Enquanto nós estamos todos "Oh, cutchi, cutchi, cutchi!", eles podem estar todos "Oh, vai mas é dar uma volta. E traz a minha mãe com a comida e uma fralda limpa, se fazes o favor." Aqui há uns tempos, vi um filme onde os bebés até aos dois anos conheciam todos os segredos do Universo e comunicavam entre eles através de códigos que nos soam algo do género do tão conhecido "Gugu, dádá". E porque não? Eu gosto de imaginar que o Universo dos bebés é mais poderoso que o nosso. Porque é. Se eles decidem que querem a Lua, podem ter a Lua. Nós que nos desenrasquemos, mas a Lua tem de ser deles. E não é que nos esfarrapamos todos para lhes dar a Lua? Pudera! Que a voz deles não se silencia enquanto eles não forem donos da Lua!
- Ohhhh! Cutchi, cutchi, cutchi!
- Oh, vai mas é dar uma volta. E traz a minha mãe com a comida e a Lua, se fazes o favor.
Vemo-nos por aí, um dia destes. :D